Era pequenina ainda e já brincava com as letras. Gostava de juntá-las e transforma-las em versos de menina. De rimas não sabia, mas sabia que as palavras não eram um ajuntamento de letras. Eram encanto, poesia, prosa...
Saturday, December 13, 2008
Uma oração em Tempos de Natal
Senhor...
É Natal você sabia?
Vê? A volta está tudo enfeitado
de verde, vermelho, prata e dourado.
Há árvores pequenas e grandes.
Gente agitada, atarefada...
Afinal é Natal.
Senhor!
Vê? Cada um escolhe um presente
Abraçam-se, enlaçam-se
Fartam-se
Mas de que?
Senhor...
Silêncio!
Há um sino a dobrar
É Meia Noite
É tempo de reverência
Alguém canta uma canção
A mesma, sempre igual.
Afinal outra vez é Natal!
Senhor!
Ouça? Falam de noite feliz
Do Deus menino
Da Estrela de Belém
Mas à quem?
À crianças e velhos
À essa gente sorridente
Mas de coração carente.
Sedentos de você!
Senhor!
Olha! Há um presépio iluminado
Luzes brilham por todo lado
Há uma manjedoura e um bebé
Animais espalhados
E até a singeleza dos pais
Só não se vê iluminado
O olhar ofuscado
De quem não conhece você
Senhor!
Vê? A cidade dorme
Entre embrulhos rasgados
Vidros quebrados
E lágrimas que esperam
O sorriso se cansar
E a festa acabar.
Senhor,
Olha... São rostos cansados,
Sonhos despedaçados
A espera do amanhecer!
Mas o que não sabem
É que na verdade
Seus corações anseiam por você.
Senhor, vem... é Natal!
E quase ninguém sabe o porquê...
Arlete Castro
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