Redescobrindo o Natal
Resolvi sair pelas ruasNeste Dezembro gelado
Vi luzes de muitas cores
Vi um brilho sem igual.
Vi o menino no berço
Vi a barba do velho
Vi as cores do Natal
Vi gente que festeja
Que se prepara para festa
Que sonha com a mesa farta
Que compra presentes
E que faz plano pro Natal
Vi também olhos pequenos
Que quase não eram vistos
Maltrapilho, com frio
pequenas mãos estendidas
desejando ter um Natal
Vi também uma estrela
Que me levou à muitos lugares
Vi de perto a estrebaria
e uma manjedoura vazia
e perguntei preocupada
onde estaria o menino
que é o símbolo do Natal
Levou-me então a estrela
a procurar o pequeno,
disseram-me te-Lo visto
mas já não era tão frágil
andava aqui e ali
ensinava muitas coisas
e as pessoas o seguiam
sem saber que Ele era
o sentido do Natal
E na minha caminhada
Andei por muitos lugares
Perguntei à multidão
Onde estaria o menino
Onde estaria o meu Natal
- No Gólgota - foi a resposta
- Pendurado num madeiro
e lá fui eu procurá-lo
mas qual não foi a minha surpresa
ao constatar que de verdade
o Deus pequenino
já não era mais um menino
Crescera tanto,
Conduzira tantos
Amara tanto
Que O Mataram num madeiro
Aparentemente apagando
Todo o sonho de Natal
Mas de repente, com uma luz
E um brilho sem igual
Em meio a glória jamais vista
Vi o Deus que não é menino
Tocar as mãos estendidas
Do pequeno maltrapilho
Que queria Ter um Natal
Entendi naquele dia
Que nem manjedoura e nem cruz
Poderiam deter aquele
Que veio ao mundo por amor
Dar sua vida, para que eu,
o menino maltrapilho
e cada um deste mundo
pudessemos Ter um Caminho
e para que pudessemos entender
Porque comemoramos o Natal
Arlete Castro
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