Friday, July 16, 2010

Camuflada


"O Poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor... a dor que deveras sente" Fernando Pessoa



É tão complexo meu fingimento
Que se quer vejo a verdade que ele esconde
Tão disfarçada e atarefada
Em aquietar meu peito e refazer o leito delator

É tão vincada a dor que agora sinto
Que confundo-a com meu nome
Engano e finjo que a dor sou eu
Enquanto forjo versos repletos de paixão
Que sem a dor são apenas rimas
Onde escondo meu coração acelerado
Sem perceber que são meus versos
que me revelam fingidor

Confesso um sonho inacabado
Sou capaz de despertar a emoção
Danço conforme a inspiração
Faço versos, descrevo meus sentidos
Mas a dor que deveras sinto
Continua aqui…
camuflada em ilusão.

Arlete Castro
Março de 2010

2 comments:

Eloah Borda said...

Minha querida "poetamiga" Benvinda,saudades!!! Belo poema!
Estive bastante temo afastada dos meus espaços virtuais, recém agora estou voltando a atualizar meus blogs e a responder recados do orkut, e como o teu "Minha Letra" está na lista dos blogs que acompanho, vim te fazer uma "visitinha".
Tudo de bom para ti.
Grande abraço.
Beijinsss.
Eloah

Eloah Borda said...

Olá, querida, vim te pedir desculpa pela trapalhada... Assim que postei o comentário, tive a impressão de que havia algo errado, então resolvi esperar que fosse moderado para eu poder verificar. Como fazia tempo que também andavas sumida, eu quis dizer: "Minha querida "poetamiga" Bem vinda,saudades!!! Belo poema!", mas, seguido, quando dou boas vindas eu cometo esse erro, porque tenho duas amigas que se chamam Benvinda, uma da vida real e outra virtual, e já por várias vezes escrevi Benvinda em vez de bem vinda, já fiz muito disso no orkut, mesmo ao dirigir-me a alguém do sexo masculino, dizendo seja benvindo... (risos). Bem, só assim eu voltei aqui, né?
Beijos, querida, tudo de bom.
Té mais.
Eloah